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“Boa noite. Tenho pesquisado sobre o meu problema na net desde à uns dias e encontrei o seu blog, talvez me pudesse esclarecer ou responder. Agradecia muito que me pudesse ajudar, pois tenho passado muito mal comigo mesmo ultimamente.
Sou um rapaz, 18 anos. Quando era criança (7/8) numa brincadeira parva de criança tive experiências homossexuais, claro que nada de muito sério devido a minha idade na altura, com um colega meu, não sei ainda por que razão (certamente não foi por desejo sexual pois era ainda muito criança), talvez tenha sido só uma brincadeira ou um desafio estúpido que fazemos na inocência da infância. Andava num colégio só de rapazes, mal sabia o que era a homossexualidade, e tudo o que sabia de sexo tinha visto em filmes, televisão, nesses meios acessíveis a todas as idades. De qualquer forma cheguei em pouco tempo a conclusão que o que tinha feito era homossexual. Senti me arrependido e não me contive e tive de desabafar com os meus pais sobre o sucedido. Chorei muito nesse dia, de vergonha, de nojo, enfim, só sei que esse episódio certamente teve influencia na pessoa que sou hoje pela negativa. Os meus pais pareceram aceitar bem o que fiz, dizendo que estavam contentes até por saber que eu não tinha gostado de o fazer.
No entanto, com o passar dos anos sempre vivi bem com isso, ou melhor, sempre ignorei esse acontecimento. Nunca me considerei homossexual, e já tive 2 namoradas. Não sou propriamente muito dotado para arranjar raparigas, mas conheço muitos amigos que sofrem desse problema também.
O meu problema é que quando começei a ver pornografia na minha puberdade (14/15 anos talvez) eu sempre assiti a pornografia heterossexual, ou homossexual feminina. Mas com o passar do tempo acabei por ver algumas vezes pornografia bissexual ou mesmo com travestis (mas com aspecto feminino) e não senti repúdio ao ver.
A minha angústia começou a uns dias quando me veio à cabeça que se calhar eu não sou heterossexual, devido a estes 2 assuntos que referi em cima. Isso para mim é um golpe muito duro, pode parecer parvo, mas é algo que me envergonha e muito. Sempre tive as típicas conversas de rapazes com os meus amigos a gozar com a homossexualidade. Hoje sinto me um hipócrita. O meu problema não é ter gozado com os homossexuais, o meu problema é eu gostar de ver pornografias relacionadas com a homossexualidade, ou mesmo ter experimentado em criança, apesar de não ter tido prazer nenhum em fazê-lo.
Esse problema de criança que lhe falei anteriormente já praticamente o esqueci. Li sobre o assunto e até vi que acontece a muita gente e que não implica que essas pessoas sejam homossexuais, apenas é uma inconsciência que uma criança faz. Porém gostaria de saber a sua opinião sobre isto.
Em relação ao outro da pornografia. Concluo dizendo que eu ja vi praticamente toda a pornografia que há para ver, dentro dos limites do bom censo como é obvio, e é mais aqui que reside o meu problema. Mas o estranho é que em nenhum momento da minha vida me senti homossexual, nunca olhei para um homem da mesma forma que olho para uma rapariga. Nunca me senti atraído por um homem. Porém, quando estou mais excitado, fico praticamente receptivo a todo o tipo de pornografia. Mas dúvido que gostasse de experienciar um ato homossexual ou com um travesti.
Finalizo dizendo que eu não quero ser homossexual de todo, quero ser 100% heterossexual, e não ser 100% heterossexual deixa-me envergonhado comigo mesmo. Já li acerca da escala de Kinsey e gostaria de estar incluido no nivel 0, mas por uma porcaria de uns vídeos acabo por provavelmente não estar. Não tenho dúvidas que a minha preferência são mulheres, e esta situação toda tem sido angustiante para a minha vida
Acha que devia marcar uma consulta? Ou acha apenas que o meu problema reside no facto de ser demasiado viciado em pornografia?”
Caro leitor
tal como refere, de acordo com a escala de Kinsey, e ao contrário do que muitas pessoas pensam, existem muitas variantes na orientação sexual, não se limitando a uma visão dicotómica e redutora de que ou se é Heterossexual ou Homossexual. Além disso, muitas pessoas não se identificam com nenhum destes “rótulos”.
O que é diferente da maioria provoca espanto, sejam elas minorias raciais, sociais, religiosas ou de orientação sexual, porém isso não quer dizer que sejam mais ou menos “normais” que os demais. Pertencer a uma minoria significa ter que enfrentar esse preconceito que, apesar de descabido, ainda existe.
Felizmente, desde 1973, a homossexualidade deixou de ser considerada uma perturbação mental, pela generalidade das associações de médicos e profissionais de saúde.
Muitos rapazes e raparigas, durante a infância, e mesmo adolescência, sentem atracção sexual e chegam mesmo a ter experiências de cariz homossexual, mas não são gays nem lésbicas. Muitos adultos também sentem atracções ou têm experiências do tipo homossexual, sem que se considerem eles próprios gays ou lésbicas.
Considera-se que uma pessoa será exclusivamente homossexual se, perante possibilidade de escolha, apenas se sente atraída e teve comportamentos sexuais, afetivos e amorosos, com pessoas do mesmo sexo ou género. Independentemente de se encontrar, ou não no nível 0, da escala de Kinsey, o mais importante é que o leitor saiba respeitar o seu organismo e as suas vontades, sem se culpabilizar por isso. Só assim conseguirá conhecer-se realmente e escolher sua verdadeira sexualidade, quer seja homo, hetero ou outra coisa qualquer.
Pior que viver a homofobia exterior é ter de lidar com a homofobia internalizada, ou seja, aquela que vem de dentro da própria pessoa. O que acontece na sua intimidade só a si lhe diz respeito! Pondere procurar ajuda para o orientar a lidar e viver com a sua sexualidade de forma mais saudável.
Aqui são publicadas algumas das questões enviadas para o e-mail (psicologiananet@gmail.com), tendo o especial cuidado de as tornar totalmente anónimas. Todas as perguntas têm uma resposta personalizada, enviada para o e-mail do autor da questão, mas pedimos que faça também um comentário às questões ou respostas que forem surgindo!!
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"Sempre fui reservada e tímida ... com 18 anos sou virgem"
Nem sei bem como explicar o que sinto, por esse motivo decidi escrever para este blog para me ajudarem a percebe-lo.
Tenho 18 anos e sou virgem. Às vezes custa-me admiti-lo pois os meus amigos estão relativamente satisfeitos e à vontade com este assunto e por vezes sinto-me mal comigo. Sempre fui muito reservada e tímida, uma junção na minha personalidade que acho complicada, que não me deixa agir como quero na vida, fazer o que me apetece sem pensar o que os outros irão achar. Tenho bons amigos com quem posso desabafar e que me sinto completamente à vontade, mas o facto de ser tão reservada não me deixa falar livremente do que sinto e dos meus problemas. E com isto acabo por afastar quem mais gosta de mim pois devem sentir que não confio neles.
Bem, então com isto tudo não consigo estar bem comigo própria, estou sempre a pensar no que deveria ter feito, no que sinto e o que me deixa confusa, fico triste porque sinto que afasto alguns amigos e tenho também dificuldade em fazer mais. Gostava de me sentir mais livre, sem ter medo de dar a minha opinião e fazer tudo o que quero sem pensar no que os outros acham. Às vezes sinto-me louca com tantos pensamentos.
Isto não é bem uma dúvida, é mais para me darem uma ajuda, uma opinião. Não consegui exprimir nem metade do que penso e do que sinto, mas espero que compreendam pelo menos o que escrevi. Fico à espera de uma resposta e também de perguntas se quiserem saber mais alguma coisa de relevante.
Obrigada.
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Boa tarde...
Estou a escrever-vos porque estou um bocado desesperada, vivo na zona interior do País, uma zona um bocado limitada em termos de médicos e especialistas em algumas áreas, onde temas como os que quero tratar continuam a ser "tábus" e não merecem sequer grande relevância...
Namoro a cerca de 1 ano e meio com um rapaz que amo muito, últimamente ele teve uma situação um bocado estranha com um rapaz mais novo que ele, em que houve uma troca de mensagens de teor homosexual, o meu nomorado jurou-me que não houve contacto físico, mas disse-me que se tivesse oportunidade não sabe como agia...
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Acontece que estamos a pensar casar para o ano e estas coisas não me saêm da cabeça, o meu pedido de ajuda é no sentido de me indicar se existe algum meio de saber a orientação do meu namorado, ou melhor, se existe uma forma de atravez de conversa ou testes poder determinar isso, é um passo muito importante e não gostaria de o dar sem ter a convicção e a certeza que aquele episódio que ele viveu não passou apenas de uma fantasia ou se poderá ser algum desejo escondido...não sei se me faço entender...
Peço que me dê todas as informações e contactos que julgar necessários para que possamos fazer algo, estou meio desorientada é uma situação nova e não sei nem a quem recorrer para ser sincera...
Estou desesperada, peço-vos encarecidamente que me ajudem!
Desde já obrigada pela vossa ajuda
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